Não apenas as urnas eletrônicas são a maior ameaça à democracia brasileira. Todo o nosso sistema eleitoral, desde a eleição dos vereadores municipais, passando pelos prefeitos, governadores, deputados estaduais, deputados federais, senadores até o Presidente da República, está podre.
A corrupção grassa em todos os níveis. O livro “O Nobre Deputado” escrito pelo ex-Juiz Marlon Reis, mostra como a nível de município, vereadores e prefeitos se unem para enganar o povo e roubar o dinheiro que o governo manda.
Um político entrevistado por ele no livro, narra que o vereador ou deputado solicita o recurso. O governo Federal libera. Então ele vai ao prefeito e, junto com o prefeito articulam um plano para dividir o dinheiro, com a certeza de que dado número de municípios no país e o volume de recursos disponibilizados por eles pelo governo, fica praticamene impossível o Governo Federal fiscalizar se o dinheiro solicitado foi realmente aplicado no projeto, conforme solicitado.
Outra matéria impressionante é o artigo “Onde os fracos não têm vez“, escrito por um ex-gestor da UPP social da Rocinha (Rio de Janeiro – maior favela da AL), que participou de um programa em parceria com a ONU e a prefeitura do Rio de Janeiro, que tinha como um dos objetivos:
“estabelecer uma fonte confiável de informação a respeito das comunidades e uma comunicação permanente com as lideranças políticas dos territórios pacificados.”
Enquanto esse sistema não for mudado, no sentido de reduzir a influência das quadrilhas de traficantes, dos milicianos, dos Líderes Comunitários e outra lideranças das favelas e regiões mais carentes do país, sempre teremos os pústulas de sempre que se elegem e reelegem graças a este esquema e viveremos sob ameaça de continuarmos a ter no nosso Congresso e nas demais instituições da República, esse bando de criminosos que hoje infernizam a vida do Presidente da República.
Sds,