O Livro Negro do Comunismo

Livro Negro do Comunismo

Publicado em Alerta Total
Título: O Livro Negro do Comunismo
Autor: Carlos I. S. Azambuja
Disponível em:http://www.alertatotal.net/2014/10/o-livro-negro-do-comunismo.html
Acesso em 06 jan 2015

Através dos tempos muito já foi escrito sobre o comunismo e a doutrina pretensamente científica que iria transformar o mundo, criar o homem-novo e conduzi-lo ao Paraíso.

Em 1977 foi editado na França – e em 1999 no Brasil – já tendo sido traduzido em 17 idiomas, o “Livro Negro do Comunismo”, organizado pelo historiador francês Stephane Courtois, um ex-maoísta convertido em crítico feroz do marxismo. Ele argumenta que o crime é intrínseco ao comunismo e não apenas um instrumento de Estado ou um desvio stalinista. Na França, o livro já vendeu cerca de 170 mil exemplares, e na Itália, a primeira edição, com 30 mil exemplares, está esgotada.

O livro, com 846 páginas, é fruto do trabalho de diversos historiadores e o primeiro compêndio abrangente dos crimes cometidos em todo o mundo pelos regimes comunistas e pelos partidos e movimentos revolucionários de inspiração marxista, desde a Revolução de Outubro.

Pela estimativa dos autores – que tiveram acesso aos arquivos da ex-União Soviética – as ações dos comunistas causaram cerca de 85 milhões de mortes. Destas, a maioria teria sido na China (60 milhões) e na ex-URSS (20 milhões). Na América Latina, os mortos teriam sido 150 mil, em Cuba, Nicarágua e Peru.

Eis a aritmética da matança: 60 milhões na China; 20 milhões na ex-União Soviética; 2 milhões no Cambodja; 2 milhões na Coréia do Norte; 1,5 milhão no Afeganistão; 1 milhão no Vietnã, 1 milhão nos países da Europa Oriental; e 150 mil na América Latina.

A lista dos crimes de Stalin contra a humanidade é especialmente longa e horripilante, envolvendo mais de 10 milhões de pessoas. Ele cometeu o crime de genocídio, conforme definido pelos tribunais internacionais, em diversas ocasiões: contra os kulaks russos, em que um genocídio de classe substituiu o genocídio de raça, em 1930/1932; contra os ucranianos em 1932/1933; contra os poloneses, bálticos, moldavos e bessarábios, em 1939/1941 e, de novo, em 1944/1945; contra os alemães do Volga em 1941; os tártaros da Criméia em 1943; os chechenos em 1944 e os inguches em 1944.

O XVI Congresso do Partido Bolchevique foi realizado em junho de 1934. Quando da votação para o Comitê Central, realizada por voto secreto, 292 delegados votaram contra Stalin, que ficou atrás de todos os demais candidatos. A vingança do ditador, assim desafiado pelos delegados, seria terrível. Em 1936/1938, Stalin liquidou 60 dos 63 membros da Comissão e Contagem de Votos, a maioria dos delegados ao Congresso (1108 em 1936) e a maioria dos membros do próprio Comitê Central eleitos nesse Congresso (98 dos 139 efetivos e suplentes).

Essa contabilidade do horror, no entanto, não chega a ser nenhuma novidade. Em 30 de outubro de 1997, quando do 80° aniversário da Revolução Bolchevique, o jornal “Izvestia” publicou uma ampla reportagem sobre essas matanças, sob o título “Outubro, 1917-1997”.

Recorde-se que nas vésperas da Revolução de Outubro, Lenin abordou a questão do estado em seu livro “O Estado e a Revolução”: “Aqui, o organismo de repressão é a maioria da população e não a minoria. Como sempre tinha acontecido no tempo da escravatura assalariada. Ora, na medida em que é a maioria do povo que domina os seus próprios opressores, deixa de haver necessidade de um poder especial de repressão. É nesse sentido que o Estado começa a extinguir-se”.

Trotsky tinha outra opinião: “Qualquer que seja a interpretação que se dê ao Estado soviético, uma coisa é incontestável: ao fim dos seus primeiros 20 anos, ele está longe de ter definhado; ele nem sequer começou a definhar; e o que é pior, tornou-se um aparelho de coerção sem precedentes na História. A burocracia, longe de desaparecer, tornou-se uma força incontrolável, dominando as massas; o Exército, longe de ser substituído pelo povo em armas, formou uma casta e oficiais privilegiados, na cúpula da qual apareceram marechais, enquanto que o povo, exercendo a ditadura através das armas, nem sequer pode possuir uma arma branca em toda a URSS”.

Segundo o “Izvestia”, o comunismo eliminou pelo menos 110 milhões de pessoas em todo o mundo. Ou seja, nos 23 países do chamado Bloco Comunista, dois terços do total das vítimas causadas por todos os regimes ditatoriais do Século XX.

A título de comparação, a reportagem citou que a Alemanha nazista, no período de 1933 a 1945, foi responsável pelo extermínio de apenas 21 milhões de pessoas.

Para o “Izvestia”, Stalin pode ser considerado “o maior facínora do Século”, cujo regime assassinou 42,6 milhões de pessoas. A seguir aparece Mao-Tsetung, com 37,8 milhões, a partir de 1923, ou seja, muito antes de 1949, quando ele criou a República Popular da China.

Segundo o organizador do “Livro Negro do Comunismo”, os dados recolhidos por sua equipe estariam demonstrando que a violência é um elemento intrínseco à ideologia e à práxis comunista. Em seu longo prefácio Courtois vai além disso, chegando a comparar o “genocídio de raça” (o Holocausto dos judeus) perpetrado pelos nazistas, ao “genocídio de classe”, teorizado e posto em prática pelos comunistas.

Um agora ex-comunista, o Primeiro Ministro a Itália, Massimo D’Alema, definiu o sistema soviético como “uma forma odiosa e terrível de opressão”, enquanto Pietro Ingrao, um ex-lider do Partido Comunista Italiano, sublinhou as “conseqüências nefastas da interpretação da política como enfrentamento militar”, típica de todo o pensamento leninista.

O livro é, em suma, o balanço de uma relação histórica entre comunismo e violência. Entre marxismo e despotismo. Foi escrito para aqueles que, em todo o mundo, pregam um retorno a Marx, e ainda buscam fazer um boca-a-boca na doutrina, acreditando que ela não desapareceu totalmente.

O certo é que ela deixou marcas profundas. O tema de fundo da obra é a descrição do terror prolongado e ininterrupto como característica essencial da política soviética desde que, em 1919, Lenin fundou o Komintern, definindo-o como “o estado-maior político e ideológico do marxismo revolucionário do proletariado”.

Assim, tendo por base a estrutura orgânica do Komintern, e por seu influxo direto, surgiram todos os partidos comunistas e, sob sua égide, foi concretizado o sonho de Marx e Engels de construir uma organização mundial destinada a ganhar todas as nações para o comunismo e, a partir daí, uma vasta e vaga nebulosa, denominada pelo vocabulário do Komintern, de amplas massas.

Em troca da adesão ao Komintern, este outorgava aos demais partidos a patente de revolucionários, numa relação periferia-centro que por cerca de 70 anos ficaria conhecida como Movimento Comunista Internacional.

A obsessiva imitação dos partidos comunistas de todo o mundo à imagem do PC Soviético recebeu o nome de bolchevização. Ou seja, uma ideologia compartilhada onde a política passou a ser traduzida nos termos de uma linguagem simultaneamente sagrada e fictícia. Uma espécie de Clero, destinado, como tal, a não ser compreendido, mas a ser acreditado piamente.

Após a II Guerra Mundial, a indiscutível constatação, por todo o mundo, da contribuição da União Soviética para a derrota do nazismo conduziu à não avaliação que as nações “libertadas” pelo Exército Vermelho passaram a ser submetidas a um regime tão totalitário quanto o nazista.

Em todos os lugares em que o comunismo, sempre pela força, se instalou, ele produziu terror, sem exceções. Alguns poderão dizer: “Ora, isso nós já sabíamos há um tempão”. Todavia, a importância e novidade do “Livro Negro do Comunismo” reside na divulgação da ampla dimensão em que os autores realizaram o exame radiográfico desse regime de terror. Essa obra é a primeira através da qual se poderá aprender que não existe País onde,  após instaurado um regime comunista, não tenha sido imposto, em seguida, um regime de terror.

Podem variar os mecanismos do exercício do terror, a quantidade e qualidade das vítimas, mas sempre, em todos os lugares, temos que repetir com força, em todos os lugares, com idêntica ferocidade, esteve presente a arbitrariedade e a enormidade do uso da violência para a busca e manutenção do poder total.

Esse universalismo despótico é imanente á própria natureza do comunismo histórico. O “Livro Negro do Comunismo” oferece provas irrefutáveis de que é assim como escrevemos e, nesse sentido, os que ainda têm dúvidas poderiam perguntar-se se a forma despótica desenvolvida quando no poder não seria congênita à própria essência da doutrina. Os que, ingenuamente ou de má fé, ainda tentam sua defesa assinalam que “o comunismo realmente existente foi uma forma degenerada do comunismo idealizado por Karl Marx”. Dessa forma, Stalin ou Mao não teriam sido senão “desvios” ou “degenerações” do comunismo. Todavia, como e por que motivos esses “desvios” e essas “degenerações” ocorreram sempre, sem exceção, em todos os lugares?

Há várias respostas, mas a colocação de Trotsky, o comandante do Exército Vermelho, já em 1920, talvez seja a mais importante de todas: “colocada à revolução a tarefa da abolição da propriedade privada – coisa que nenhum regime jamais tentara – não haverá outro caminho a não ser o de um poder ditatorial”.

Diz a doutrina científica que os partidos comunistas conhecem as leis do desenvolvimento da História. Nesse sentido, quem acredita conhecer essas leis se desresponsabiliza moralmente, pois acredita que aqueles que obstam a História devem ser varridos do mapa.

Uma das razões, talvez a principal, para continuar a luta, sem esmorecimento, contra a ocultação da natureza intrinsecamente totalitária e criminosa do comunismo, é a de que, mesmo tendo recuado consideravelmente depois do desmoronamento da União Soviética, ele prossegue sendo uma esperança para os inimigos da liberdade, sempre dispostos e ávidos a instalar a opressão em nome dos oprimidos.

Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

O Livro Negro do Comunismo está disponível para download no endereço: https://www.mediafire.com/? Não deixe de lê-lo!

O Comunismo segundo o Prof. Olavo de Carvalho

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Fonte: Facebook
Disponível em: https://www.facebook.com/olavo.decarvalho?fref=nf
Acesso em: 01/01/2015

Se algo o ano de 2014 provou, é que a sobrevivência da democracia é incompatível com a existência de partidos comunistas legalizados e a tolerância para com políticos comunistas infiltrados em outros partidos. Mas não era necessário provar semelhante obviedade. O velho Eurico Gaspar Dutra já a havia enxergado e mostrado com mais de meio século de antecedência.
Enquanto o comunismo sob todas as suas formas não for declarado CRIME, ele continuará sendo o mais bem sucedido crime não-declarado de todos os tempos.


Pela milésima ver: o comunismo NÃO É um “modelo de sociedade”, não é uma “ideologia”, não é um ‘sistema econômico”: é um MOVIMENTO, uma REDE DE ORGANIZAÇÕES, um ESQUEMA DE PODER. Para saber se um sujeito é comunista, não perguntem em quê ele “acredita”. Perguntem com quem ele está associado, ostensivamente ou em segredo.


É tão impossível reduzir os vários comunismos a uma fórmula ideológica única ou a uma proposta única de um “sistema de propriedade”, quanto é impossível negar a sua UNIDADE ESTRATÉGICA por baixo dessa variedade.


Marx nada escreveu sobre como seria a sociedade comunista. O comunismo já tinha uma organização mundial MUITO ANTES de saber ou mesmo perguntar pelo que lutava. Só uma mentalidade muito livresca pode tentar compreendê-lo a partir das suas “idéias” em vez de encará-lo como FORÇA POLÍTICA que pode trocar de idéias como quem troca de cuecas.


O comunismo é tão plástico e mutável nas suas ideias que pode utilizar-se até de doutrinas conservadoras, quando lhe servem para sujar a reputação do inimigo. Qual a “unidade ideologica” da KGB quando discursa contra o “ateísmo contemporâneo” e ao mesmo tempo fomenta os movimentos comunistas e anticristãos no Ocidente? Não há unidade ideológica nenhuma. O que há é a unidade estratégica de um combate “per fas et per nefas”.


Segundo o Estadão, os cubanos temem que a abertura da economia aumente a criminalidade

Old buildings and string of shoes.

O tweet que divulgou o artigo:
https://twitter.com/estadao/status/546991057360019456
estadao-twitter-20141226

Fonte: O Estado de São Paulo
Título: Cubanos temem que abertura na economia aumente criminalidade
Autor: Rodrigo Cavalheiro – enviado especial do jornal em Havana
Disponível em: http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,cubanos-temem-que-abertura-na-economia-aumente-criminalidade-imp-,1610782
Acesso: 26 dez 2014

Vamos analisar um pouco esta matéria.

Já no título Cubanos temem que abertura na economia aumente criminalidade, percebemos que segundo o jornal, aos olhos dos cubanos, a “abertura na economia” irá “aumentar a criminalidade” ou em outras palavras: Enquanto sob a ditadura comunista, os cubanos viviam num paraíso sem crimes (ou com “o menor índice de homicídios da América Latina” – mais adiante examinamos esta afirmação). Agora, com a “abertura capitalista” teme-se o aumento da criminalidade.

Ótimo o jornal conseguiu, com apenas 8 palavras gravar na mente do leitor ingênuo o binômio:
Comunismo = segurança
Capitalismo = aumento do crime.

Para chegar a esta conclusão, o jornalista se apoia em três depoimentos de cubanos, todos com mais de sessenta anos de idade. Não informa qual a autoridade que tais cidadãos têm para representar a população de Cuba, como quer dar a entender o título da matéria.

Mais adiante o jornal nos informa:

Moradores de um dos países mais seguros da América Latina creem que mudança na relação com EUA afetará sua tranquilidade.

Cuba é “um dos países mais seguros da América Latina” no entanto, um pouco depois o jornalista foi obrigado a reconhecer que

“Dados gerais sobre a criminalidade em Cuba são segredo de Estado”.

Apesar do “segredo de Estado”, surpreendentemente, o índice de 4,2 homicídios por 100.000 pessoas está publicado e é nele que o jornal baseia a sua conclusão sobre o lugar de Cuba no “ranking” da Segurança da América Latina.

Qualquer leitor atento se fará pelo menos duas perguntas:

  1. se os índices de criminalidade são “segredo de Estado”, qual a credibilidade que este número deve ter?
  2. se os índices de criminalidade são “segredo de Estado”, por que este índice foi divulgado?

As respostas não são nada difíceis para quem conhece um pouco do comportamento padrão de todas ditaduras e, por ser parte de um abrangente “segredo de Estado” tal índice jamais estará aberto ao escrutínio de entidades isentas e não comprometidas com a divulgação da ditadura Cubana.

Um dado revelador aparece nesta matéria que corrobora todas as acusações de privação das liberdades individuais que existe em Cuba. Para justificar porque os cubanos vivem em tal mundo maravilhoso em que a violência é tão insignificante que precisa ser mantida como “segredo de Estado”, o jornalista atesta:

“Além de policiais uniformizados, as ruas de Havana tem segurança invisível. cada quadra há um Comitê de Defesa da Revolução (CDR), onde os problemas da região são debatidos e levados ao regime. Nos anos 90, quando o narcotráfico tentou entrar na Ilha, informantes do CDR o inibiram. Hoje eles são uma versão das câmaras de segurança. (grifo acrescentado)

Um bom exemplo do que se pode esperar do futuro do Brasil, quanto aos papéis a serem desempenhados pelos sovietes do Decreto 8243. Já imaginaram como deve ser boa a vida num país em que, em cada bairro, em cada quadra, há um soviete de “Defesa da Revolução” sempre pronto para “levar para o regime” tudo o que aos olhos desse nefando “regime” constitui “os problemas” da região em que você vive?