Os movimentos de massa de 2013 diferiram dos protestos de 2015

Prezados, estou colocando o vídeo anexo mais como um ALERTA contra uma provável falsa atribuição, do que como apoio a uma propaganda pseudo favorável (?) aos movimentos legitimamente populares de 2015 porque um pequeno detalhe nele me deu a impressão que estamos diante de uma IMPOSTURA. Isto porque o vídeo citado , começando pelos movimentos de massa de junho de 2013, dá a entender que os protestos que têm levado neste ano de 2015, multidões às ruas foram originados ali, em junho de 2013. NADA MAIS FALSO!!!

Não, as grandes manifestações populares de 2015, não devem nada às manifestações promovidas pelo Movimento Passe Livre (MPL) em junho de 2013, que quase desbancaram para uma ditadura trotskista com a tomada do poder pelo PSOL, um dos partidos minoritários de esquerda, financiador/apoiador do MPL, dos Black Bloc e do Fora do Eixo.

Na matéria Qual a diferença entre 2013 e 2015?, Flávio Morgenstern procurou deixar claro que

As manifestações de 2013 foram um movimento de massa. As de 2015 não são. Esta é uma das grandes teses do meu livro que explica a confusão da interpretação histórica contemporânea no país.

De fato, Morgenstern passa boa parte de seu livro explicando esta diferença. Vamos analisar alguns pontos.

1. Objetivo
O objetivo de um movimento de massa é forçar o Governo a atender as justas reivindicações do povo que se sente oprimido, ou derrubá-lo, caso suas reivindicações não sejam atendidas.

Os movimentos de junho de 2013 tinham como justificativa em sua pauta, o aumento de R$ 0,20 na passagem dos ônibus. Um motivo que, arriscaram os seus organizadores, o Movimento Passe Livre (MPL), teria o apoio maciço da população trabalhadora. Deram com os burros n’água, pois os trabalhadores se lixaram para o MPL e junho de 2013 começou com o protesto de meia dúzia de gatos pingados ligados a partidos políticos da esquerda radical, sem representatividade (PSOL, PSTU, PCO) e dos sindicatos.

Com o correr dos eventos, este motivo, que deveria ter mobilizado milhares saiu do palco para dar lugar à etapa em que o movimento se tornou verdadeiramente gigantesco, quase levando o país a uma ditadura trotskista.

2. Espontaneidade
Desde os primeiros momentos, os movimentos de junho de 2013 buscaram se rotular como “espontâneos”, sem líderes, e “pacíficos” e os esforços concentrados da mídia em rotulá-los assim, já deveriater alertado aos incautos de que estavam diante de uma farsa.

No entanto, sempre que alguém era entrevistado os atores que apareciam eram sempre muito bem identificados como as lideranças do Movimento Passe Livre, o Fora do Eixo e os políticos do PSOL ou os MPL, sendo que o Fora do Eixo, através do Mídia Ninja, até mesmo fornecia material para divulgação pela imprensa, material esse, naturalmente, mostrando as autoridades em situações desfavoráveis, reais, graças ao despreparo das forças de repressão à violência que se instaurava em cada manifestação, ou forjadas, para dar a impressão de ‘crueldade policial’ quando esta não podia ser mostrada.

3. Palavras de ordem

Noa matéria citada anteriormente, Morgenstern escreve:

“Com essa terminologia técnica, não se quer definir qualquer movimento público com muitas pessoas, mas apenas a massa aberta, genérica, abstrata, sem objetivos claros. Algo completamente diferente de 2015 com sua pauta: impeachment (ou impugnação) de Dilma Rousseff. As duas formas de fazer política são completamente diferentes, e com resultados históricos rigorosamente antagônicos.

Um movimento de massa foi o que começou em 2013 (e não só de junho de 2013: perdurou praticamente até antes do período eleitoral de 2014): cartazes, slogans, gritos genéricos, frases de efeito. Mas nenhum objetivo.” – ênfase acrescentada.

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Fotos trazidas da Internet. Clique nas imagens para ampliá-las

Quando, depois que a reivindicação dos 20 centavos deixou o cenário e a multidão alienada, politicamente ignorante, assumiu as manifestações de 2013, passou-se a reivindicar qualquer coisa, aleatoriamente, sem indicar objetivamente como realizá-lo. Os cartazes estavam repletos de reivindicações abstratas como o gigante acordou, contra a corrupção, hospitais padrão Fifa, Escolas padrão Fifa e outras reivindicações vazias sem uma proposta concreta de como conseguir realizá-las.

Conforme esclarecido por Morgenstern em “Por trás da máscara”, esta falta de objetividade nas reivindicações, mais do que uma característica, é uma necessidade dos Movimentos de Massa liderados por partidos políticos, geralmente minoritários e de pouca expressividade, que visam tomar o poder através de golpe, pois tais partidos sabem que se os verdadeiros motivos por trás da Manifestação fossem divulgados, a imensa maioria dos que dela estão participando não estariam ali.

Como ressaltou, Morgenstern:

Pelo que as pessoas estavam nas ruas? Ninguém sabia. Era um protesto pelo protesto. Até os gritos de guerra diziam isso: “Vem pra rua” ou “O gigante acordou” referem-se apenas ao próprio protesto, não ao seu objetivo. Se parassem para conversar umas com as outras sobre o que pensam, seus valores, posições políticas, objetivos e métodos, provavelmente se esfaqueariam. Mas estavam lá, todas unidas a uma só voz, pelo poder do slogan genérico.

Ou quantos dos milhões de brasileiros que encheram as ruas em junho de 2013 estariam ali se soubessem que estavam apoiando uma estratégia que poderia colocar no poder partidos nanicos e radicais como o PSOL, PSTU e o PCO? Quantos estariam levantando seus cartazes se os organizadores estivessem pedindo a prisão de Alckmin, do Aécio ou do FHC? Obviamente tais objetivos precisavam ser cuidadosamente afastados dos olhos da opinião pública ou, então, a Manifestação teria sido um fracasso. E, com o apoio integral da mídia, isso foi exatamente o que garantiu o sucesso as manifestações de junho de 2013 e por pouco, pouco, muito pouco, o Brasil não se tornou uma ditadura comunista naqueles meses de 2013.

16 de Agosto – Afinal – Fotos

Seguem fotos tiradas do Facebook de vários locais onde ocorreram manifestações contra Dilma, Lula, o PT, o Foro de São Paulo e de um “novo” membro da quadrilha: Renan Calheiros.

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16 de Agosto 2015 – Nem Garanhuns, cidade natal de Lula, tolera mais o molusco

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16 de Agosto 2015 – Brasília

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16 de Agosto 2015 – Brasília Assusta o Palácio do Planalto

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16 de Agosto 2015 -Pernambuco

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16 de Agosto 2015 – Porto Alegre

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16 de Agosto 2015 -Salvador

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16 de Agosto 2015 -Rio de Janeiro

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16 de Agosto 2015 -São Paulo

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16 de Agosto 2015 Vitória

16 de agosto – Afinal!

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Quem conhece o Rio de Janeiro, sabe o que acontece com nossas praias num domingo de sol, com temperatura próxima aos 40º C. Para se ter uma ideia do que significou esta manifestação em termos de carioquice, dê uma olhada na praia e o respectivo calçadão. Isto diz tudo.

Quanto à matéria reproduzida a seguir, é preciso que se diga toda a verdade. Eu estava lá e presenciei boa parte do que aconteceu! Enquanto milhares de manifestantes pediam o impeachment de Dilma e gritavam palavras de ordem contra Lula e o PT, a equipe de reportagem da Rede Globo entrevistava algumas pessoas que pediam a Intervenção Constitucional Militar, talvez tentando o truque aplicado no passado, de noticiar que o evento pedia a volta das Forças Armadas – o que, em minha opinião, ainda acredito que seja a solução mais rápida para evitar a total comunização bolivariana do Brasil, mas deixa isso para lá – Quando o caminhão do Movimento Brasil Livre (MBL-RJ) avistou e compreendeu a estratégia da Globo, chamou os repórteres para irem até o caminhão e entrevistá-los, ao MBL, e eles diriam o verdadeiro motivo da manifestação (já que os repórteres da Globo aparentavam não ter entendido bem o que acontecia à sua volta (!!)). Foi informado aos manifestantes que a GLOBONEWS noticiava o evento como “um protesto contra a corrupção”, o que não era verdade. Era um protesto pelo impeachment da Dilma, contra Lula e pela exclusão do PT do cenário político nacional. Obviamente, a intervenção do MBL desviou a atenção dos manifestantes e um grupo se dirigiu até aonde estava a equipe da Globo, com cartazes e gritando frases de protesto.

Ato contínuo, um grupo de PMs, dos que acompanhavam a manifestação, se dirigiu imediatamente ao local, obviamente para proteger os funcionários da Rede Globo (ainda bem que a PM estava por ali, não é Rede Globo?!) enquanto o carro do MBL pedia que os manifestantes se afastassem e que deixassem a Globo trabalhar em paz. Informou-se que eles tinham o direito de fazer o trabalho deles e que a maneira em que iriam noticiar o evento era problema da consciência deles (dos repórteres). Deixou claro que estávamos todos ali para lutar pela liberdade de imprensa e CONTRA a “democratização” dos meios de comunicação que o PT está louco para impor – destruindo e amordaçando, inclusive, o emprego deles, a própria Rede Globo. A manifestação continuou sua marcha em direção ao Copacabana Palace, onde se dissolveu e o resultado do acontecimento está na notícia publicada hoje no G1,

Em minha opinião, independente do que diga situação e os vendidos que a propagandeiam, o evento foi um sucesso. Um sucesso mas que não significa o fim da luta. Pelo contrário, ela não começou ainda. Estamos nos primeiros movimentos de sairmos da letargia de 50 anos de doutrinação marxista. Muito ainda precisa ser feito. Vamos ver como o Congresso reage.

Leiam a notícia e tirem suas próprias conclusões:

Fonte: IG
Autor:
Título: Equipe da TV Globo é expulsa de protesto contra Dilma na praia de Copacabana
Disponível em: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2015-08-16/equipe-da-tv-globo-e-expulsa-de-protesto-contra-dilma-na-praia-de-copacabana.html
Acesso em: 17 ago 2015

Profissionais quase foram agredidos; em SP, funcionários da emissora refugiaram-se junto à PM durante ato pró-governo
O Dia

Uma equipe da TV Globo foi expulsa do protesto pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) realizado neste domingo (16) na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, após gritos de “Fora Globo” puxados pelo carro de som do Revoltados Online e do Movimento Vem Pra Rua.

Os profissionais quase foram agredidos. Uma minoria tentou apoiar o trabalho dos jornalistas, mas os profissionais, xingados, foram no Rio e tiveram de ser escoltados pela PM; obrigados a sair da manifestação pela Rua Bolívar, escoltados pela PM. O repórter Paulo Renato Soares e outros quatro profissionais da Globo acabaram impedidos de realizar seu trabalho.

Em São Paulo, uma equipe da emissora foi hostilizada durante a manifestação em apoio ao governo Dilma realizada por sindicatos e movimentos sociais junto à sede do Instituto Lula. Após gritos de “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo” e “A verdade é dura: a Rede Globo apoiou a ditadura”, os profissionais decidiram se afastar do ponto de concentração do evento e se refugiar junto a carros da PM.

No Rio, pedidos de votla do regime militar

O clima de revolta contra o PT deu o tom da manifestação no Rio. O protesto reuniu diversas famílias e, principalmente, pessoas que pedem a volta do regime militar no País. Populares gritam frases contra o ex-presidente Lula e, alguns, palavras de baixo calão sobre Dilma. O juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, foi lembrado em faixas de apoio.

Faixas pedem por uma intervenção militar no País e o impeachment da presidente. O protesto, com muitas pessoas vestidas com camisas do Brasil, reúne, em sua maioria, manifestantes de mais de 45 anos, de classe média e classe média alta.

Cinco carros de som seguiram pela orla de Copacabana. Os grupos “Extermínio do Foro de São Paulo”, “Não união de combate à corrupção” e “Pesadelo dos políticos”, se reuniram em um deles e durante pronunciamentos, falaram palavras de baixo calão sobre a presidente.

A personal trainer Gilda Ramos, de 40 anos, chamou Dilma de “vaca” em resposta a um homem que se identificou como “Capitão Brasil”. José Roberto, de 51 anos, afirmou que respeita Dilma pela idade, mas que ela “não sabe de nada”.

Outro carro de som reúne manifestantes a favor de uma intervenção militar no País. Segundo esses manifestantes, muitos vestidos em trajes militares, Dilma é comunista e as escolas do País educam as crianças para serem socialistas. O grupo cantou o hino nacional e o da bandeira, além de músicas contra o ex-presidente Lula.

O militar da reserva do Exército Antônio Saulo, de 63 anos, criticou a proibição do militar de se manifestar. Ele foi ao protesto com um jipe, que no bagageiro tem um boneco vestido de soldado com uma faixa que diz: “Militar é um representante do povo”.

“A faixa é só para lembrar que as pessoas do Brasil precisam de respeito, como os militares conseguiram dar o País”, dizia o comerciante Carlos Cardoso, de 70 anos.

O nome de Lula é, por muitas vezes, mais mencionado no ato do que o da própria presidente. Frases como “Lula cahaceiro devolve o meu dinheiro” e “Nossa bandeira não será vermelha”, são entoadas pelos manifestantes.

Volta da monarquia

Em um protesto marcado por pedidos de intervenção militar e impeachment, alguns resolveram se manifestar pela volta da monarquia no Brasil e carregavam bandeiras do tempo do império. Outros levaram suas panelas às ruas em sinal de revolta. “A panela está vazia porque está tudo muito caro, o alimento está caro e a inflação alta. Eu bato panela para tirar a Dilma e o PT”, declarou Maria Sales, de 45 anos.

Há ainda um grupo que pede assinaturas para tentar um projeto de lei no Congresso contra a corrupção. Além disso, muitos se manifestam a favor do juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato. Diversas pessoas carregam cartazes com a frase “Eu apoio o juiz Moro” e “#EuApoioALavaJato”

Os protestos contra o governo petista seguem País afora. Nas redes sociais, manifestantes usam as hashtags #ForaDilma e #VemPraRua e publicam diversos registros dos protestos pelo País.

Manifestantes foram às ruas em Bauru, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Brusque, Chapecó, Concórdia, Juiz de Fora, Maceió, Mogi das Cruzes, Recife, Ribeirão Preto, Piracicaba, Salvador, São José do Rio Preto, Timbó, Uberaba, Uberlândia e Volta Redonda.

*Com iG São Paulo

Fonte: O Dia

Mais fotos da manifestação em vários Estados no próximo post